Muitas são as divagações que o dito senso – comum propõe no que concerne a todo o ritual que envolve o consumo de bebidas alcoólicas. Este consumo, segundo o preconceito social, está associado a uma panóplia infindável de comportamentos de risco nomeadamente acidentes de viação, violência, desacatos, comas alcoólicos, sexo desprotegido. Os protagonistas destes lamentáveis incidentes são sobretudo jovens estudantes universitários que ao verem-se libertos do controlo parental muitas vezes perdem a razão sobre os seus actos.
No entanto, esses estereótipos socialmente aceites como verdadeiros, nem sempre têm a sua fundamentação razoavelmente fiável.
Uma vez que o nosso estudo se centra no consumo de álcool, vamos fazer uma breve introdução acerca da origem deste e dos seus derivados. A palavra álcool deriva do árabe al-kuhul que significa líquido. O álcool etílico ou etanol é um líquido incolor, volátil, de cheiro agradável e de densidade 0.8, sendo, como todos sabemos, o principal composto das bebidas alcoólicas.
É também um produto de fermentação de açúcares de inúmeros produtos alimentares, como por exemplo o mel, os cereais e os frutos, sob a influência de micro – organismos ou leveduras, sendo a graduação da bebida alcoólica determinada pela percentagem de álcool puro nela contida. No entanto, sendo o álcool uma bebida incolor, devemos salientar que é através da adição do malte, de diluentes, corantes e muitos outros produtos que obtemos as cores de todas estas bebidas apelativas como o caso das Vodkas, o Absinto, O Rum, o Vinho, entre outras.
Contudo, não existem apenas estes tipos de bebidas. Temos patente na nossa sociedade uma enorme variedade de bebidas alcoólicas e, consequentemente, esta quantidade tem vindo a aumentar de ano para ano.
Desta forma existem dois chamados grandes grupos de bebidas alcoólicas: as bebidas fermentadas e as bebidas destiladas. As primeiras, de origem na fermentação alcoólica dos sumos açucarados pela acção das leveduras, agrupam o vinho (obtido pela fermentação do sumo da uva), a cerveja (obtida pela fermentação de cereais e aromatizada pelo lúpulo), a água-pé (obtida da mistura de água e mosto já espremido) e, por último, a cidra (obtida pela fermentação do sumo de frutas).
As segundas, resultantes da destilação do álcool no decurso da fermentação e por meio de alambique ou também através de um processo de evaporação, seguida da condensação pelo frio, reúnem as aguardentes (resultantes da destilação do vinho) e os licores (resultantes do vinho do Porto ou da mistura de vinhos com álcool, açúcar e aromas).
Porém, cada tipo de bebida tem uma quantidade diferente de álcool. A cerveja contém cerca de 5%, o vinho cerca de 12% e o whisky, vodkas e aguardente cerca de 40%.
Sem comentários:
Enviar um comentário